sexta-feira, 29 de maio de 2015

Avaliação Yamaha Drag Star XVS 650

Ano/modelo 2006
Quilometragem atual: 80.000 km

Falaaaaa pessoal, posso falar com propriedade sobre a moto testada hoje. Mesmo se tratando de um modelo customizado. Já pilotei ela em diversas situações e tanto original como customizada.
Fora de fabricação hoje em dia, porém ainda com seu preço atrativo, suas qualidades e motorização satisfatória dependendo a pilotagem, pode ser a sua entrada no mundo custom, por isso resolvi fazer um relato.

Drag Star XVS 650 (2006) 80.000 km

Estilo

O estilo dessa moto ao meu ver, é um belo conjunto, baixa em relação ao solo, o seu porte é grande e imponente, e a sua traseira lembra bastante o modelo FX da Harley-Davidson o que tem o seu charme no ponto de vista de alguns motociclistas, vai do gosto de cada um.

Desempenho

O seu desempenho não é dos melhores e nem dos mais rápidos, não conte com altas velocidades e nem com uma velocidade acima de 120 km por hora com conforto, porém dependendo do seu estilo de pilotagem pode ser satisfatório. Lembrando trata-se de uma moto com potência máxima de 40 cavalos a 6.500 rpm.
No uso urbano se sai muito bem, pelo seu peso que não é absurdo (215 kg), sua maleabilidade é um pouco limitada mas vai bem na maioria dos corredores e o seu torque de 5,19 kgf.m entregue já na faixa dos 3.000 mil rpms.


Motor 650cc

Na estrada, roda bem até uns 110/120 por hora, passando disso tem que girar totalmente o punho, a moto treme muito e da uma sensação de que o motor vai pular fora do quadro da moto a qualquer momento.

Já realizei várias viagens com esse modelo em cidades do interior de São Paulo, como também em outros Estados, a exemplo Brasília, Goiânia... etc..

Consumo

Com 16 litros de gasolina disponíveis no tanque (3 litros de reserva) sua autonomia não é muito alta, falando pelos meus testes. Com escape JJ esportivo, que faz um barulho bem alto e emite bem mais gases na combustão, fazia em torno de 14/15 km com um litro de gasolina na cidade, e na estrada em torno de 17 andando sem enrolar o cabo. Rendendo uma autonomia de 240 km no máximo.

Escape JJ

Já com o escape original (atualmente), roda uns 17/18 km por litro na cidade e na estrada uns 20km com um litro, com autonomia máxima de 288 km. Nunca ultrapassei os 20km conforme citado em outros testes de diferenciados sites, lembrando isso na minha mão e com esse modelo das fotos.  

Como muitas custom não possui marcador de combustível, mas depois que acostuma fica fácil de saber a hora de abastecer, é possível ir marcando os quilometros já rodados para saber se já é hora de completar o tanque, aliás é bem mais fácil completar o tanque, pois se colocar apenas um pouco de gasolina, terá que ser vidente para saber quantos quilômetros ainda lhe restam antes que fique na mão, até da pra fazer mas ficar fazendo contas nessa hora não é nada confortável.

Manutenção

Considerando que estamos falando de uma custom de 650cc, se comparado com motos pequenas o preço das suas peças é sim elevado, mas em contrapartida se houver a manutenção periódica em dia, e sendo zeloso com a moto, raramente ela apresentará problemas mais sérios que não seja o desgaste em tempo normal das peças.


A exemplo do modelo testado nessa matéria, se trata de uma Drag Star 650 ano/modelo 2006, com exatamente 80.000 kms rodados. Nunca foi feito o motor, está redondinho... manutenções em dia, óleo do cardan trocado em dia, até hoje sem maiores problemas, a não ser aqueles básicos de uma custom como vazamentos de óleo.

Conforto

Realmente na estrada e sozinho é uma moto muito confortável. É possível rodar muitos quilometros sem sofrer tanto, o banco do piloto é confortável, agora se for levar garupa trate de trocar o banco, porque o original é muito ruim e duro.

Banco piloto e garupa


Se a viagem for com garupa e muitas "bagagens" é possível viajar tranquilo,  mas fique ciente que  vai viajar a uns 100 km por hora, a moto vai ficar pesada, vai sofrer mais nas subidas e será necessário redução de marcha em algumas ultrapassagens mais complicadas.
Nessa configuração que a moto foi testada se mostrou muito confortável, principalmente por causa do guidão de 14 polegadas, deixando os braços na altura dos ombros e pouco esticados.

Conclusão

Na minha opinião, apesar dos contras, essa moto tem muitos pontos a favor, vale a pena hoje em dia comprar uma pelo seu baixo custo e pelo preço do seguro acessível, sem contar que é uma moto muito bonita e estilosa, chama a atenção e é boa para customizações.

Apesar do seu desempenho não ser dos melhores, atende bem sua proposta tanto na cidade quanto na estrada, se você não for um "ligeirinho" e gosta de viajar tranquilo, curtindo a estrada e sem hora para chegar ao seu destino, é uma ótima opção!
Sem contar que por se tratar de eixo cardan a transmissão é muito mais confiável e requer muito menos manutenção do que as correntes e as correias, que necessitam ser trocadas periodicamente.